terça-feira, 31 de março de 2009
Ninfas e ninfomania.
Estou morrendo de rir de uma situação engraçada, pra não dizer desagradável ocorrida no fds. Não vou citar nomes das partes envolvidas, mas...
O que acontece quando uma pessoa simplesmente não tem sequer a curiosidade de procurar se informar melhor sobre mulheres e sua sexualidade. Rs.
Uma amiga, que assim como eu é uma pessoa resolvida e adulta e que assumidamente gosta de sexo (enfim, a grande maioria gosta também, mas todos possuem suas paranóias, assumidas ou não). Em fofocas de amigos, me disseram que um mocinho se assustou com essa amiga citada anteriormente pois ela sabe como ter orgasmo múltiplo, o que qualquer uma pode conseguir, é só querer... Isso não é um problema sexual, muito menos mental. E ele comentou que estava com medo pois achava que ela era ninfomaníaca! kkkkkkk
Todo mundo sabe que um casal apaixonado é capaz de tudo entre suas quatro paredes... Cristo! Quanta hipocresia social-sexual.
Existem também disfunções sexuais, e formas de se conseguir o que quer numa cama. Daí surge uma enoooorme diferença. Mulheres assumidas assustam os homens a tal ponto que eles tendem a pensar que a coitada é doente...
Como a conheço, sei que ela estava gostando do tal mocinho... natural que queira gozar o quanto quiser com ele ué! Se deu química, deu!
Gente, ninfomania É compulsividade sexual. É considerado doença. Imaginem a situação constrangedora...
" É comum a ninfomaníaca sentir-se desprovida de vontade própria, uma escrava de seus próprios desejos. Geralmente essa sensação vem acompanhada de muita ansiedade antes do ato sexual, de um orgasmo intenso e satisfatório no primeiro momento, seguido de uma culpa profunda. Mas quais as causas desse problema? Ele não deixa de ter raízes nos mesmos fatores que provocam as demais dependências, como a busca de um bálsamo para as feridas da alma, uma compensação para a solidão e para a inadaptação social, um paliativo contra o medo e as expectativas comuns na vida de cada um, as frustrações e tantas outras emoções sombrias. Mas vários pesquisadores compreendem esse transtorno também como uma doença, provocada por mutações no equilíbrio dos neurotransmissores."
http://www.infoescola.com/sexualidade/ninfomania/
Sendo que geralmente ficam com qualquer pessoa, sem controle disso, pois são consideradas "viciadas" em sexo assim como seria o caso com qualquer droga.
Já orgasmo múltiplo é outra história:
http://www.usuarios.unincor.br/luisfranope/orgasmomultiplo.htm
Enfim, sem detalhes a mais, é uma pena que homens na idade da internet e tudo o nos leva à informação que quisermos, onde todos podem pesquisar à la vonté, ainda cometam esse tipo de injustiça e preconceito com as meninas.
Sacanagem. Minha amiga gostava do mocinho. E inclusive não ficou com mais ninguém depois dele e isso tem uns dois meses... Se ela fosse essa doente sexual com certeza não agiria dessa forma, aliás nem quem não é doente, muitas vezes fica com um monte de gente por aí, sem camisinha, e de forma aleatória e irresponsável. O que é bem provável que este mesmo mocinho o tenha feito. Sem se achar um maníaco por sexo... Ou seja...
Recado pros meninos: aprendam a aproveitar a sexualidade maravilhosa e finalmente liberta de suas fêmeas, e deixem de bobagens... rsrsrs. Aproveitando pra conversar e pôr as coisas em pratos limpos, pois troca de informações entre os sexos é essencial!
Informação é tudo, sexo é bom demais, e espero que minha amiga nunca fique sabendo disso, pois ela não merece correr o risco de se reprimir sexualmente por causa de uma asneira deste tamanho de alguém que mesmo que não tenha tido maldade, foi irresponsável ou infantil a ponto de jogar isso em roda de conversa...
Ri-dí-cu-lo.
Pior se ela souber pela boca de outras pessoas, imaginem a situation: ? (traduzindo: dahn?)
Só rindo pra não chorar.
A maioria dos homens estão mal resolvidos meeeesmo.
Caracoles, me livrem do moles, dos males, e de los piores!
(queria eu saber de onde tiro essas frases absurdas.)
sexta-feira, 27 de março de 2009
Hunted
Não gosto de ser fácil.
Como uma maçã,
no pomar dos desejos voláteis,
doce e desprezível,
à primeira mordida.
Gosto de ser caçada.
Sou bicho difícil,
onça pintada.
Carnívora.
A caça aumenta o desejo...
tem que ser difícil
para ser conquista.
Orgulho de domar.
Gosto de ser caçada,
Domada,
e devorada!
Gosto de carne,
mal passada.
Flower power, han?
quarta-feira, 25 de março de 2009
Atravessei oceanos de tempo...
"Atravessei oceanos de tempo para reencontrar-te..." - Drácula. De Bram Stoker.
A cena que mais me mata do filme é quando ele volta pra Londres pra reencontrar Mina. A filmagem é espetacular e ainda inclui o cinematrógrafo, que tem cenas subliminares altamente eróticas. Lindamente filmado...
Amo vampiros não pelo sangue e carnificina ou pelo apelo exagerado e malfeito de sexo e sangue...
Mas sim pelo simbolismo do eterno, do amor incondicional e que retorna através do tempo. E por uma eroticidade implícita.
Essa sequência representa tuuuudo! E que trilha sonora bela... E essa reconstituição da Inglaterra vitoriana? Perfeição do universo...
Amo o Drácula. Detesto o Blade. rs.
terça-feira, 24 de março de 2009
Desencontro em cantos.
Acalanto meu,
Desejo meu,
Desencanto meu,
Meu maior medo.
Julgando-o "perdido",
descubro que onde tu te perdes, eu me encontro em ti.
Onde eu me perco, tu me encontras.
Desencontro esse,
se encaixa perfeitamente.
Quebra minha cabeça,
nesse jogo do destino.
Não consigo me desviar
de reencontrar-te em todos os desencontros
de todas as minhas esquinas.
Porque eu gosto...
Só por isso.
Lilith Blue.
Separando as folhinhas amarelas... rosas, e secas.
Sou designer de moda, mas ultimamente tenho trabalhado com flores... seguindo o ofício de minha avó que amo mais que tudo, e cresci vendo-a fazer flores, arranjos, e grinaldas de noiva...
Estou numa situação que cheguei em São Paulo e simplesmente todo mundo quer as tais flores...
Tive que desistir de desenhar roupas ou qualquer outra coisa por enquanto.
O negócio é que estou trabalhando feito louca, todos os dias, dia e noite rodeada de cacarecos infinitamente pequeninos e espalhafatosos ao mesmo tempo, tudo coloridíssimo...
Ontem, fui abrir uma das minhas caixas organizativas, e voilá!
Montes de pétalas de flores de todas as cores e tamanhos que me deram total desespero, meeesmo.
O que me fez lembrar da "Cinderella" do Terça insana organizando as folhinhas da floresta...rs.
A verdade é que estou num momento organizativo mesmo...
Na vida.
Tenho que separar as folhinhas...
Espero que depois de organizadas, eu consiga transformá-las em flores lindas.
Lilith organizativa.rs.
domingo, 22 de março de 2009
Ódia ao cão da Pompéia.
A grande crise ultimamente tem sido um cão.
Hoje, pleno domingo a coisa estourou: o cão não parava de latir em altos decibéis, pois eh um grande cão.... desde as oito horas da matina.... kkkkkkkk
Todos saíram em suas janelas para protestar, mas enfim, o cão num tem nada com isso afinal...
Quem é o infeliz que deixa seu pobre bicho uivar e latir desesperadamente no décimo segundo andar de um prédio?
Pobre cão.
Vai sofrer as consequências de um abaixo assinado de todo o bairro.
E o dono vai continuar sua vida, no mesmo bairro, da mesma forma. Porém sem incomodar mais ninguém. I hope so...
Espero que o cão tenha um ótimo destino em algum lugar cheio de ar, espaço pra correr e perseguir coisas, enterrar seus ossinhos em paz.
O que todo bicho merece. Inclusive o bicho homem...
Pétala de sol
Não é que hoje coloquei uma roupa que não usava há tempos, e o que encontro no bolso logo depois de escrever o poeminha da carta "O sol"?
Uma pétala de girassol. Seca, murcha. E amarela, claro.
Sinal? Sei lá.
Mas era dos girassóis de Tulsa com certeza...
O mais estranho: quando encontrei um dos primeiros poemas que postei aqui, sobre girassóis, havia uma parte que dizia justamente:
sábado, 21 de março de 2009
Mas com terra, com raízes.
Traga-me, pra que eu tenha
um sol brilhando em minha vida.
E possa cuidar dele,
com todo carinho
que não consigo mais segurar em mim...
Girar, girar, girassol.
Roda da fortuna ingrata,
que me faz querer girar
sem ter um centro.
Meu centro é o sol.
Mas o sol é você.
Traga logo essa droga de girassol!
pra que eu me lembre,
pra que eu te esqueça.
Lilith Blue.
Lua de fel, o amor e sua inevitável decadência...
Ontem assisti de novo o um dos filmes que mais adoro e um dos diretores que mais amo: Lua de Fel de Roman Polanski. Adoro a biografia dele, e também seus filmes. Este fala do amor em todas as fases: interesse, romance, sexo, rotina, e total decadência... Ao final, o personagem de Peter Coyote olha pra sua amada e diz: "Nós só fomos gananciosos demais, anjo, that's all... ".
É difícil mesmo, pois quando estamos querendo alguém, ninguém nos segura, dá uma urgência de estar com o outro, um desespero, que parece que não dá pra viver sem... Queremos nos transformar no outro (o cúmulo do egoísmo com subserviência, não?).
Sempre fui muito gananciosa com o amor.
Mas ultimamente conversando e observando tudo que há, os casais que seguem felizes "pra sempre" são aqueles que parecem conseguir dominar essa ganância toda de estar com o outro, e cultivam o amor em si mesmos.
Reencontros, expectativas guardadas, sonhos nunca revelados...
Conheço casais que por anos, ficaram longe um do outro, e quando se encontram, é como se o tempo não tivesse passado... Como no "Amor nos tempos do cólera".
Como se um laço invisível os unisse, e soubessem que no fundo, no fundo... estão juntos.
Um É do outro. O desespero desaparece, com essa certeza intangível.
E sem o desespero, surgem os momentos mágicos...
Esses são feitos de encontros e desencontros necessários para criar a atmosfera de "eterno"... Ao final, a eternidade do amor está no pensamento. Na cabeça. Nas lembranças cultivadas com o maior cuidado...
Em compensação... os que queimam a caixa de fósforos toda de uma vez, acabam com a pólvora muito rápido, mesmo que o fogo seja intenso... E as lembranças? As esgotamos enquanto acendemos os palitos. Junto com elas toda a magia de algo que poderia ser vivido....
Mas lá no fundinho é o coração quem decide e separa as coisas... Quando sentimos que a pessoa é A pessoa, não deixamos que isso aconteça... pois queremos manter as sensações sentidas e não botamos um ponto final. Pois nem sempre estamos inteiros pra nos entregarmos... E por que nosso coração fecharia as portas?
O problema é a razão querer atrapalhar tudo, tentando ter domínio sobre o que idealizamos pra nós.
Confundir o ideal, com o que é tão mais simples: o que se apresenta e nos encanta sem sabermos o porque.
Quero ficar inteira. Sair da alcova do coelho e voltar pra casa...
Só assim eu poderei tomar chá com meu amor e meus amigos, e filhos e pessoas de verdade, ao invés de tomá-lo com o Chapeleiro maluco e seus amigos mais malucos ainda.
Quero outra viagem.
E preciso me preparar pra ela...
Divagações de Lilith.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Regeneração!
Montanha em cima, vento embaixo.
Reações exageradas incorrem em más resoluções. Medite, reflita e avalie em que momentos você perdeu o senso de proporção e agiu de maneira demasiadamente dramática.
Meu... esse I ching é foda. tem momentos que jogo isso que eu acho que tem um extraterrestre vigiando minha vida sei lá. Coisa esquisita. rsrs.
Eh, nesse começo de ano eu estava meio desproporcional mesmo.
Drama, drama, drama.
Estou meditando então, né? Fazer o que?
Não quero que você me coma...
Não quero que você me engula,
Não quero que você me acorde,
Não quero que você me durma,
Não quero que você me assista,
Não quero que você me assuma,
Não quero que você me corte,
Não quero que você me inclua,
Eu só quero um segundo teu...
E um segundo meu.
Um instante de dois...
Sem mais, nem pra depois eu te dizer...
Que eu te amo... não.
Te amo demais para ser prisão,
de dois,
Amor
(Instante de dois, Cibelle) Música linda. Inclusive.
quinta-feira, 19 de março de 2009
"Quando você está atrás de algo que quer muito, topa o pagar o preço, topa vender a alma.
Então você sai fazendo concessões aos seus padrões morais, vai esquecendo o que é ética, vai abrindo excessões para si mesma, vai se destruindo -como se, chegando ao tão sonhado objetivo, você pudesse recolher os cacos de si mesma para se reconstruir igual ou melhor do que era antes.
Mas conforme você se despedaça em cacos, você esquece qual era seu sonho e o porquê você quer chegar lá. Então você pode até tentar, como João e Maria, seguir as migalhas pelo chão.
Estou começando a tentar recolher as minhas.
A sensação que eu tenho é que a floresta é escura e fria, e que eu não vou encontrar o caminho de volta."
Alice. (HBO)
quarta-feira, 18 de março de 2009
O loiro inesquecível...
Príncipe encantado e a chapeuzinho vermelho...
Estava eu no meu orkut quando me deparo com um (um não, vários!) clip do The cult....
Sou fielmente apaixonada pelo Ian Astbury, mas vendo o clip de "Love removal machine", me deparo com ele naquela calça de couro justa, camisa de jabô, sexyrrérrimo, mas super feminino, estereótipo dos anos 80 de rock, afinal... meio maquiagem.. Cabelão (Jesus, me abana...), mas com todo o gestual bem feminino mesmo. Enfim, sou apaixonada por esses cabeludos todos do rock.
Mas me questionei sobre o que me acendia de verdade... Qual o tipo que eu prefiro?
Pensar nisso me fez rir demais, pois sempre preferi os louros.... Mas de uma forma meio platônica, sei lá (apesar de isso ter mudado ultimamente) meio de sonho mesmo, e lembrei da minha mãe contando da paixão dela por gays... Ela sempre explicava da seguinte forma: "Eu fui criada com contos de fadas, e nos contos o príncipe só pode ser veado! Com aquela roupinha? Sensível, e delicadíssimo? Louro dos olhos azuis no cavalo branco..."
kkkkk, ela tem toda razão né? Vamos combinar...
(Só minha mãe mesmo pra ter essas teorias...)
Já eu... fui criada com contos de fadas também, e adoro, mas sempre li as versões verdadeiras dos Irmãos Grimm, e não as "boazinhas" versões Disney que meus coleguinhas estavam acostumados...
Sempre amei a Chapeuzinho vermelho. Eu gosto é do lobo mau meeesmo! Não adianta. Sempre sonhei com ele. Acho que gosto de ser literalmente caçada. Não é possível...
Mas de qualquer forma, acho que na minha insana inconsciência ficou uma mistura de lobo mau com o louro do cavalo branco... Afinal, o lobo é sexy, mas sua estética não é das melhores! (apesar de existirem lobões lindos por aí...) Enfim. O que lembra um pouco as estéticas opostas do filme "Anjos da noite" na batalha de vampiros com lobisomens, no final virando uma só raça.... U-A-U.
Acho que é por isso que amo esse estereótipo do rock: rebolam como o Elvis, tem cara de mau (às vezes são mesmo), são românticos, mas com rostos delicadíssimos... Cabelos lindos e bem tratados... e corpaçooo. Sempre. Gestual sexy, beirando o andrógino. Aliás a androgenia é linda. E sensual demais.... Que o diga David Bowie...
Humm. Divagações sobre o homem perfeito. Essa é só a primeira.
Acho que vou voltar pro youtube agora... hehe.
Quem sabe um dia ainda acho o príncipe, né? Ou será que é coelho da Alice? Ou gato? Lobo?
Ou louro, alto, rs. Prometo não entrar em mais detalhes..... kkkkkkkkkkkk.
Melhor não... Chega por hoje.
PS: Rafa Asmar... Lembra da gente acabando com nossas moedinhas na madrugada goiana em pleno Buffalo's grill só pra ver o Ian rebolandoooo? rsrsrsrs. Saudades daquela Juke video. Só tinha coisa cool... Saíamos de lá satisfeitas. kkkkkkkkk.
Funny!
A elegância.
Elegância ou simplicidade? Sobre um cavalo branco ele chega como se voasse.
Não como um ladrão, mas querendo cortejá-la.
Estamos em dúvida entre a elegância do brilho exterior e o retorno à simplicidade.
De forma vem a resposta, anunciada por um cavalo branco alado. Branco é a cor da simplicidade e cavalo alado é símbolo dos pensamentos que superam as limitações de tempo e espaço.
Num primeiro momento a falta de comodidade pode ser decepcionante.
Mas graças à união com um fiel amigo ou namorado, encontraremos a paz....
(a imagem da elegância, hexagrama 22 do I Ching, 6 na quarta linha)
terça-feira, 17 de março de 2009
Guido Crepax...
Full moon e George Mèliés.
(pra ver o vídeo, desliguem o som na fita no final do blog, apertando pause)
Minha paixão pela lua começou quando vi a primeira vez a imagem do filme "Le voyage dans la lune" de George Méliès... Aquela lua com rosto era uma coisa muito louca pra mim quando criança... Me assustava inclusive.
Depois com acesso à internet, youtubes e essas coisas, ficou mais fácil ver tudo o que esse homem fez pelo cinema, pra mim, os irmãos Lumiére não chegam nem perto... Ele era um ilusionista fantástico, e usava a invenção do cinema de forma extremamente criativa, o pai dos efeitos especiais, além de atuar em seus próprios filmes.
Escolhi um vídeo que acho o máximooo, "Le mélomane" o professor de música... vocês vão entender o que quero dizer...
Estou retomando minha enorme paixão por todas as artes, a aqui irei mostrando minhas referências, as que me construíram como pessoa, e como criadora. Essa é só a primeira delas.
Depois pesquisem mais sobre ele, vale a pena...
segunda-feira, 16 de março de 2009
Se o meu desejo não tem fim?
eu te quero a todo instante,
nem mil auto falantes vão poder falar por mim...
Tou louca pra te ver chegar...
tou louca pra te ter nas mãos...
Deitar no teu abraço,
retomar o pedaço
que falta no meu coração...
Eu não existo longe de você...
e a solidão é meu pior castigo...
Eu conto as horas pra poder te ver,
mas o relógio tá de mal comigo...
Música interpretada por Adriana Calcanhoto.
af.
Protegida pelo dragão...
Este fim de semana foi pra dizer o mínimo, inusitado.
Não sei se existe este ditado, mas se não existir, estou criando agora: Quando se está com um louco, de tudo pode se esperar um pouco.
Me deu na louca de aceitar o convite de meu amigo (pirex totalis.) Geraldo Anhaia, pra irmos pro Guarujá passar somente uma tarde, ele afinal morou por lá no prédio "Sobre as ondas" por anos. Inclusive sendo síndico por oito anos.
Ele havia me contado de tudo que havia feito por lá, etc. etc. Eu estava curiosa, e morrendo de saudades de Iemanjá mesmo, então lá fomos nós.
Chegando lá, toda uma euforia, ele me mostrou tudo que havia feito e me apresentou a algumas pessoas como filha dele inclusive (hahaha), pra que ninguém pensasse bobagens de nossa amizade... Foi então que ele me apresentou a um casal de italianos fantástico.
Giuliana Giudice e Franco.
Enfim, várias coisas não notáveis aconteceram até que caiu a noite e depois de jantarmos iríamos embora.
O que aconteceu, é que estava uma lua fantástica e eu realmente precisava "uivar" um pouco, e deixei minhas coisas no restaurante com esta pessoa que me acompanhava. Fui descalça e molhei os pezinhos, a barra da calça, enfim. Me joguei. Só que me perdi totalmente na referência do tal lugar. E ele foi embora, depois de me procurar pela praia. E lá vou eu descalça, para o "Sobre as ondas" me jogar sobre as ondas. kkkkkkk. Foi realmente hilário, por não ser totalmente trágico.
Mas o que valeu mesmo, em tudo isso, foi me perder, pra me encontrar.
Assim que cheguei ao prédio, a Giuli, pessoa ma-ra-vi-lho-sa que é, cuidou de mim de uma forma linda. Conversamos muito, e além de poetisa, é também velejadora e jornalista ótima. E, por um grande acaso do destino, o marido dela é vulcanólogo, e geólogo, dentre outras coisas... (uma das minhas grandes paixões na vida é vulcanologia, acreditem! Desde criança... Seu eu fosse italiana, seria com certeza vulcanóloga. Imaginem, perto do Etna e do Vesúvio....)
Depois de dormir, com uma puta dor no corpo de tanto ter ficado no mar no dia anterior, acordei naquele apartamento lindooo, com uma vista fantástica do mar e do belo sol que se fazia no domingo... E mesmo sem sapatos e sem bolsa, vi que a vida é perfeita...
Conversamos a tarde toda sobre amor (ai, amor... ando romanticíssima) e poesia, além de outras coisas femininas... Ela me deu um grande incentivo pra criar mais coragem e escrever mesmo, além de me dar dois de seus livros autografados. Imaginem, eu no estado em que estou, conhecer justo uma linda italiana, pra falar de amores e da vida, olhando para aquele mar espetacular, bebendo uma cervejinha, e depois ainda passei o resto da tarde tomando outra surra das ondas do Dragão. (Chamo assim, pois o desenho do contorno do Guarujá, é igual a um dragão mesmo)
Voltei de chinelos pra casa.
Mas amando a vida e suas surpresas mais do que nunca...
PS: O mais mágico de tudo: minha amiga Débora que mora na França, joga tarô, e o último que ela jogou pra mim, era um de dragões. E a carta que me representava era um dragão protegendo uma criança.... Dizendo pra que eu ficasse em harmonia.
Eu fui protegida pelo dragão como uma criança.
Que ele me proteja com suas asas e queime tudo de ruim em seu fogo...
Cala a boca, Bárbara!
sexta-feira, 13 de março de 2009
Ode à minha máquina de lavar
Sabe, senti muita saudade de João Paulo II, que salvou milhares da perseguição nazista, que chamava os judeus de "nossos irmãozinhos mais velhos", que valorizava o trabalho da mulher e sua dupla jornada, que amava as crianças e jovens e que tudo fez para aproximar os excluídos da Igreja de Cristo.
Fica hoje, aqui, minha saudade daquele que foi um exemplo de vida e fé para mim. E a minha grande decepção por ter que começar esse dia homenageando minha máquina de lavar, já que ela foi a maior conquista que nós, mulheres, tivemos nos últimos anos, segundo o Papa Bento XVI.
Shirlei Amaro Avena Weisz
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Imaginem.... Se isso é época da igreja católica ainda se manifestar desta forma. Cristo.
“Mas eu Não quEro me encOntrar com genTe loucA ”, observou Alice.
“Você poDe eviTar issO”, replicou o gato.
“TodoS nÓs aquI sOmos LouCos. Eu soU louCo. Você é LoucA.”
“Como sAbe quE sou LoucA?”, indagou Alice.
“DeVe seR”, disse o gato, “Ou Não TerIa viNdo aqUi”.
...Abre-me o sonho. Para a loucura a tenebrosa porta, que a treva é menos negra que esta luz.
Fernando Pessoa.
Divagações acerca da loucura. rs.
Aproximação
Um olhar...
correspondido em delírios, que só a mente descreve...
Estremeço, meu sangue ferve.
Desejo de tudo que não sabemos.
Todos os sentidos são a urgência de nos unirmos.
Uma só boca,
um só desejo...
Ondulante,
ardente,
queimando a pele... provocando...
Língua e serpente.
Satisfazendo a urgência concebida
com a fluidez de um rio.
Corrente forte que nos leva
a repartirmos em dois corpos cansados.
Embriagados de beijos,
admirados.
No que há de mais humano,
o deixamos de ser.
Somos agora dois seres alados,
com asas pra ganhar o mundo
através do que chamam
de amor...
Lilith Blue.
Happy Meal... with bubbles. Cardigans music.
Arrange my books in order...
make up some nice stories to amuse you...
make things look smart and easy,
shape up the place,
hungry for the meeting...
the dinner we'll be eating,
wine that we'll be drinking,
and kinky thoughts I'm thinking,
all because of you!!!
And now I've found a partner...
no one can be happier than I am!
and now I've found a new friend,
no one can be happier than me...
Prepare a meal with candles,
sweet wine and strings,
chosen for the purpose...
then take a bath with bubbles.
shape up my face,
eager for the meeting...
the dinner we'll be eating...
wine that we'll be drinking...
and kinky thoughts I'm thinking, All because of you...
quinta-feira, 12 de março de 2009
Following the white rabbit...
“Ama-se, angustiadamente, o vestido pendurado da amante ausente. O vestido íntimo e caseiro. E haverá mais verdade na companhia de tal vestido (morto como um vestido) que, adiante, nos braços de uma nova mulher.
Os sentimentos das nossas constantes paixões!
Enlevo, carinho, generosidade, sacrifício.
Infelizmente, porém, por mais que se tenha feito para negá-lo, o verdadeiro amor é aquele que nos abrange e nos vence como um vício. Nunca se diga que o amor é fácil, antes de vivê-lo como um vício.”
(Trecho do diário do Antonio Maria)
Eu não nego, o amor como um vício é viciante.
Dói.... Mas também liberta!
Então muito melhor sentir tudo que há, do que estar vazio.
Entrei na alcova do coelho...
"Follow the white rabbit, Alice."
Mercury drops labyrinth.
"(...) fiquei tentando colocar a gota de mercúrio dentro do labirinto. Continuei a tentar no avião, mas as sacudidelas faziam a gota esbarrar contra as paredes da caixa e partir-se em infinidades de novas gotas. Tentei no táxi, impossível. Colocar a gota inteira dentro do labirinto, sem que se dividisse em muitas outras, exigia concentração absoluta e quase total imobilidade. Esperei até chegar em casa, de repente tinha-se tornado questão de vida ou morte conseguir aquilo. De vida ou morte era exagero, mas de sanidade ou loucura não. Chegar ao centro, sem partir-se em mil fragmentos pelo caminho. Completo, total. Sem deixar pedaço algum pra trás."
Caio Fernando Abreu.
Mercury drops... eu fui em uma festa no final de semana passado na casa de minha amiga Reggie, acabei dormindo por lá, acordei no domingo, e me deparei com aquelas coisinhas de fazer bolhas de sabão. Eu comentei com o Daniel (marido da Reggie) sobre brinquedos antigos enquanto tentávamos fazer bolinhas dentro de bolonas de sabão (tentamos o dia todo, mas só na hora de ir embora que deu certo). E me lembrei que adorava aquela gota de mercúrio dentro do labirinto de plástico, achava aquilo lindo! Comecei a procurar na internet pra comprar, mas deve ter sido proibido por ser tóxico essas coisas... E encontrei esse texto. A partir dele encontrei poemas portugueses.... e talvez assim tenha me encontrado também.
Estou apaixonada no momento, por algumas poucas pessoas, por muitas coisas, por minha nova cidade, e pelos meus novos desejos e anseios...
Preciso de algo lúdico, para equilibrar os parafusos soltos. Como não encontrei meu labirinto com gota de mercúrio, crio o meu próprio pra brincar, e como não sou egoísta, divido isso com todos que se interessem.
Repartindo-me em várias, e unindo tudo de novo, no centro...
Fluida, metálica e principalmente:
Tóxica.