sexta-feira, 12 de junho de 2009

Macumba digital!


Conversando com minha mãe, falando de igreja católica, e evangélicos e tudo o mais. Sobre o que é mais confiável. Minha mãe tem medo da Universal, acha que ela eh capaz de grandes complôs pra louvarem mais a Deus... Disse a ela que a católica (e sou católica) também já fez coisas horrendas em nome de reforçar a fé das pessoas em Deus e assim também reforçarem seu poder na terra, lógico.
Meu falecido ex-Bill, uma vez me contou que viu nos EUA uma igreja com uma placa: "Passa-se o ponto". Honesto isso né? rs.
Onde está a fé romântica?
Fiquei questionando e me lembrei de quando fui para a Europa a primeira vez em 1997. Fiquei viajando por 3 meses pela Europa toda, o que visitei de igrejas e basílicas e tudo o mais... pude observar detalhes que me chocaram.
O principal deles foi o fato de acender velas... vela acesa pra mim é ato de fé. Tem que ter cheiro de parafina no ar... um pouquinho de calor pra aquecer a alma... e o fogo oscilando com filetes de ar se deslocando... como se anjos ouvissem nossas preces para que a viagem da concentração faça sentido. É um ritual e não deve ser banalizado.
Enfim, cheguei em uma cidade do interior da Inglaterra: Canterbury. Lá tem uma catedral escandalosamente linda, medieval, e com histórias horríveis guardadas em seus corredores. Entrei ao som de canto gregoriano do coral humano, órgão à moda antiga.
Me deu uma vontade imensa de me elevar e rezar um pouco.
No meio dessa inspiração toda, fui até as capelinhas de santos que ficavam ao fundo, cada uma tinha uma mesinha de velas. Sabe como? ELéTRICAS! E com um dispositivo que só aceitava moedas inglesas... me recusei a usar aquilo. Na maioria dos lugares era assim!
Para minha fé voltar foi só na Itália mesmo. Lá as velas ainda são de parafina, com fogo, acesas com fósforos, e com uma latinha de moedas ao lado que num eh eletrônica.
Benzadeus, um lugar onde pude exercer minha fé de forma feliz de satisfatória.
Agora, já podemos acender velas pela internet... rsrsrs, jogar tarôs... namorar, enfim. Ai gente, como diriam os portugueses: "Ai, não possoooo!"
Imaginem quando começarem a inventar macumba digital... pensem em um programinha em flash com vários produtinhos usados nas macumbas... de um lado uma cestinha e do outro uma galinha preta, a farofinha, uma cumbuquinha, velas em todas as cores... daí vc põe o necessário pra receita de macumbinha q quer, tudo dentro da cestinha! E paga com cartão de crédito! Claro, que a encruzilhada, será encontrada na Matrix.
Ao final... uma galinha preta feliz aparece na tela e diz: o seu pedido foi enviadoooo!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Estamos na era da macumba digital. Do olho gordo digital (o orkut que o diga, eita coisa do demo.). Da maldade digital.
Do amor digital.
Mas intrinsecamente os sentidos, são todos primitivos... no nosso computador orgânico mesmo. Só irá mudar a forma de manifestação
I hope so.

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