terça-feira, 26 de maio de 2009

Cristal vision.



Não houve sapatinho de cristal que tenha ficado pela escada na descida contra o tempo desta Cinderela...
Mas há outras coisas de cristal puro que estão em cacos em um chão sujo de pó.
Cada caco recolhido de volta sangra minhas mãos...
Cristal cortante.
Mas não deixarei meus cristais perdidos entre a sujeira... São valiosos pra mim.
São puros e brilhantes.
Multiplicados, vistos de cima, são como estrelas.
Chão de estrelas cortantes nos pés.
A beleza também dói...
O corpo todo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Jean Lescure.

"O artista não cria como vive, mas vive como cria"
Eis que surge o questionamento: o poder do artista em seu próprio destino.

Subjugado a ele? Não é artista. É gente sem vontade de agir. Joguetes do destino. Peças de xadrez manipuladas.
Por que não ser a formiga que invade a cena do tabuleiro, andando entre as peças manipuladas?

Pinte seu cenário, esculpa teu corpo, modele sua alma e jogue para o alto! Para que o destino possa interagir com sua obra: você.

Seja completo:
Reinvente-se.

sábado, 16 de maio de 2009

Blame it on the samba!!!!



Gente adoooro isso! Coisas da minha infância, pena que não passem mais essas coisas pra galera novinha ver... A Globo resolveu só passar Beethoven 1, 2, 3 e 4 e Free Willy nas Sessões da tarde antes ocupada por filmes do universo chapliniano, ou Jerry Lewis, "As sete caras do Dr. Lao", e ainda "Se meu apartamento falasse".
Vídeo com Ethel Smith, organista americana famosa pela interpretação de Tico Tico. Very talented... Muito bom.

(Cá entre nós, o Walt Disney devia tomar litros de chá alucinógeno por dia... rsrsrs)

SÃO PAULO (o que fomos, o que somos)



Achei de novo este filme, de cerca de 15 minutos (veja com calma, portanto), foi feito pelo governo dos EUA durante a Segunda Guerra. A intenção era "apresentar" São Paulo aos americanos e a quem eventualmente quisesse informações by Amerika sobre países alinhados/aliados. As imagens, de altíssima qualidade, e o texto, laudatório mas sem erros comuns aos americanos — como mostrar o obelisco de Buenos Aires e identificá-lo como o Cristo Redentor, por exemplo —, revelam uma cidade de 1,3 milhão de habitantes, 65 anos atrás, que reluzia de progresso e esperança.Claro que SP já tinha problemas e pobreza. Mas em outra dimensão. Não dá para comparar com hoje. Mal dá para acreditar que se trata da mesma cidade, do mesmo país, do mesmo planeta. Vejam as casas, os jardins, as escolas, as avenidas, os parques… A gente, que mora aqui, vê isso e não tem outra reação que não seja o espanto, para depois dizer, educadamente: puta que o pariu, como fomos capazes de fazer tanta merda?

Liderança.

O povo só sabe se intrometer mesmo, sem pensar em nada ou as consequências que isto pode trazer para a vida de alguém. Vaiar e atrapalhar é fácil....
Adorei o mail que só li hoje depois de tê-lo recebido há tempos (estou limpando minha caixa de mails)
Recebi do Col no dia 12 de dezembro do ano passado:

"A menina, 13 anos, Natalie Gilbert, ganhou um prêmio e foi cantar o Star Spangled Banner, hino dos EUA, no jogo da NBA. Vinte mil pessoas no estádio, ela afinadinha.
Aí o braço tremeu, ela engasgou, esqueceu a letra... DEU BRANCO!!! Treze anos.

Sozinha, ali no meio... PÚBLICO ESTUPEFATO ameaça uma VAIA.
De repente, Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers, aparece ao seu lado e começa a cantar, incentivando-a, e trazendo o público junto.

Bonita CENA e - o que é mais incrível - ... só o técnico tomou a iniciativa de ir até lá para ajudar, enquanto os demais à volta dela só observavam estupefatos...

Mostra como uma atitude de LIDERANÇA e SOLIDARIEDADE, NA HORA CERTA, pode fazer uma grande diferença, para ajudarmos um ser humano e mudar a história do JOGO da vida. Será que isso já não aconteceu em nossas vidas?
E a nossa atitude foi a do técnico Mo Cheeks ou da de todos que estavam ao redor, comum e de descaso?

TEM GENTE QUE ESTÁ NO MUNDO PARA AJUDAR... OUTROS PARA VAIAR."

sábado, 9 de maio de 2009

Patches de sentidos... sob a seda.


Jamais verás as palavras mais importantes e significativas ditas por minha boca.
Elas cairão em papéis, ou digitadas, soltas pelo mundo... sopradas delicadamente no vento.
Terás que alcançá-las, ou elas o alcançarão de alguma forma, pois não se perderão com o tempo.
Solto as palavras assim como as sementes de "dentes de leão". São leves. E voam.
Plumáceas... plúmbeas.
Minhas vogais seduzem consoantes a esconderem o jogo.
Como um lençol de seda branca sobre meu corpo cheio de curvas. Fumaça saída da boca sensual de Marlene Dietrich.
Patches de pele aparecendo sob o lençol.
Mistérios de sentimentos e fogo sob as letras.
Chegarão aos teus ouvidos ondulantes e carregadas de sentidos, música que conheces bem. Arrepiando-lhe a alma de lembranças minhas...
Me descubra lentamente... pois quero sentir cada gesto teu puxando a seda que me cobre... Revelando todas as frases completas tatuadas em minha pele... Mein "Pillow book".
São as minhas manchinhas de onça pintada. Sou tão marcada pela natureza quanto você.
Deixe que eu sinta a seda correndo a pele marcada de histórias tuas, como uma carícia sem fim...
Isso é o maior prazer pra mim.

"em tinheu anho moia nca"

Lilith Blue. Blue. Bleu silky.