sábado, 25 de julho de 2009

Eu não acho mais. Encontro!

Eu vivi momentos tão estranhos nesses últimos anos.
Pensei que fosse amor e não era. Pensei que fosse raiva e também não era. Não fui nada nesses últimos anos. Só achei que fosse... Achei que sentia.
Como posso ter me enganado tanto?
Sempre fui tão segura de que caminho seguir.
Tudo voltou de uma forma que me assustou quando todos sentimentos brotaram juntos.
Nunca sofri tanto como em fevereiro deste ano. Sozinha, absurdamente sozinha. Mas precisava neh?
Achei que fosse morrer. De dor.
Quis morrer de verdade e esquecer de viver pois tem hora que cansa mesmo. Lutar o tempo todo cansa. Algum aspecto deveria estar no lugar. Mas não havia NADA no "lugar"...
"Estou desorganizando para me organizar". E para quê organizar se não puder desorganizar tudo de novo?
A baguncinha É produtiva.
Menos mal. Renato Russo dizia que "a disciplina é liberdade". Certeza que é.
Nesse momento sou somente disciplina. Atitude. Estou reorganizando.
O que me deixa louca de verdade é: por que certas coisas na vida lhe são apresentadas em momentos de desorganização? É pra perder tudo de novo?
Como posso amar alguém se não consigo ainda nem a mim mesma?
Mas eu ainda consigo... Como pode ser isso?
Estou morrendo aos poucos sem ninguém ajudar e ainda consigo me doar emocionalmente?
Eu sou um LEGO desconjuntado na mão de uma criança.
Não sei o que vou virar, mas sei que não poderia ser pior.
Para qualquer lugar que olho, só tenho enxergado a mim mesma desconjuntada. Pedaços de Bárbara. Pedaços de Lilith Blue, pedaços de Alice, pedaços de Marilyn Monroe, pedaços fêmeos no vácuo. Patches.
E sei que reconstruir isso, é pior do que quebra-cabeças de zilhão de peças.
Patches de sentidos. Patches de pele. Patchwork. Estou me formando como uma colcha de retalhos. Cheia de costuras.
Frankenstein. Ao final todos nós somos.
Por isso a juventude é tão invejada... Mas, sabe? As cicatrizes possuem sua beleza. Pois retratam como lidamos com a dor durante a vida. Temos que passar e aprender com tudo.
Estou tão marcada que por vezes queria nascer de novo...
O que me salva deste turbilhão é uma coisa tão simples...
Doação. Amor. Me entrego. A juventude está na inocência com que enfrentamos o que aparece no caminho.
À vida. Às pessoas. Dizem as pessoas cheias de cicatrizes que devo enlouquecer, me jogar, ficar com todo mundo que aparece, me retrair, pensando que isso é um conselho de preservação. Que nada. Isso preserva da dor? Preserva de sentir de verdade? Estamos nesse diabo de vida pra quê, cacete? Para "achar"? EU QUERO ENCONTRAR!!!!
Eu sou de um só homem. Eu sou de amigos. Eu sou dos meus bichos queridos. Sou da MINHA família. Sou de todas as plantas, e de todos os raios de sol do amanhecer e do entardecer.
Eu preservo minha inocência diante das coisas. Com a curiosidade de uma criança pequena.
Para isso precisa ser guerreira nesse mundo. Nossa!
E eu SOU.
Nem sabia o quanto...

Lilith Ultrabluetilics. rs.

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